"Dizem que as pessoas que morrem partem desse mundo para nunca mais voltar.
Será mesmo?
"
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Este fato se passou em São Paulo, no ano de 1978.
Estávamos todos dormindo, eu, minha irmã e dois primos num quarto e minha mãe no
outro.
A casa pertencia a minha tia, mãe dos dois primos.
Minha mãe conta que, ainda sonhando, ouviu sons de colher batendo dentro de um
copo e acabou despertando, porém, o som continuou e parecia vir da cozinha.
Ela
levantou-se e acendeu a luz do quarto, mas ao abrir a porta e acender a luz do
corredor o barulho cessou.
Mesmo assim ela seguiu até a cozinha.
Acendeu a luz da cozinha e não viu nada
que pudesse estar fazendo tal barulho, então voltou a dormir porque ela achou que poderia
ter sido barulho em algum vizinho.
Tão logo deitou-se na cama o barulho voltou.
Parecia tão
próximo que mais uma vez ela resolveu ir ver, e qual não foi sua surpresa quando ao
abrir a porta do quarto e ver que toda a casa, com exceção do quarto em que eu e
as demais crianças dormíamos, estava acesa.
Até aqui minha mãe não estranhou pois como minha tia costuma mesmo chegar tarde
ela teve certeza que se tratava dela.
Então minha mãe chamou o nome dela uma vez, mas não ouviu
resposta.
Se atendo novamente ao barulho na cozinha ela foi até lá e então
encontrou a porta de entrada do apartamento totalmente aberta.
Ela ao perceber que não fora minha tia, começou a se assustar por achar que se
tratava de um ladrão e correu novamente ao nosso quarto para se certificar de
que estávamos bem.
Fechou o apartamento e foi até o playground chamar o
vigilante, que com ela subiu portando uma arma.
Os demais fizeram uma busca pelos corredores e escadas do edilício indo até o
terraço mas nada encontraram.
Minha mãe então ficou um pouco mais calma, pois todo o
apartamento já tivera sido revistado, e voltou a se recolher.
Mais uma vez, ao encostar a cabeça no travesseiro, o barulho na cozinha.
Ela não
teve dúvida, foi até nosso quarto, nos pegou e fomos até uma vizinha muito amiga
da família.
Ela estava acordada porque sua vizinha imediatamente ao lado estava
fazendo uns barulhos esquisitos.
Bom, ficamos na casa desta vizinha e então minha mãe e a amiga foram até a tal
vizinha ver se estavam precisando de alguma coisa, pois ela parecia estar
gemendo.
O marido dela veio atender e disse que ela estava se comunicando com alguém,
e ele já havia se acostumado com isso, pois sua esposa era médium e conversava com pessoas
já desencarnadas.
Então todos fomos dormir.
Ao amanhecer a vizinha médium procurou por minha tia e pediu
que ela mandasse rezar uma missa pela alma do marido dela que fora assassinado
quase três anos antes (1975).
Esta vizinha jamais confirmou se os fatos que se passaram naquela noite fora uma
manifestação deste falecido tio, mas ao ouvir de minha mãe todo o acontecimento
minha tia afirmou com muita certeza ter sido sim seu marido, garantindo que o
barulho da colher no copo era a prova mais absoluta para ela, que se lembrava
perfeitamente dele preparando leite para por na mamadeira da filha caçula.
Esta
filha na época em que ocorreu a tal noite, morava com minha avó, em Salvador.
Obs.: Certa vez um amigo falou que vidraças quebradas atraem espíritos. Minha
mãe disse que no dia da tal noite no apartamento de minha tia, meu irmão que lá
estivera mais cedo, quebrou a vidraça da sala, jogando bola dentro de casa.
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Anônimo
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